O vento frio bate forte
No meu rosto
Anunciando algo
E me encontro sozinha
Na rua
A rua dorme
E apenas meus passos
Caminham sobre ela
Agonizando-a
Sinto medo e angústia
Por um instante penso
Estou sendo observada por ela
A rua que talvez não sei
Finge que dorme
E como um tormento
Ouço de fundo
Uma melodia fúnebre
Em noite melancólica
Rua de mistérios
Segredos escabrosos
Rua que tudo vê
E que nada fala
Rua...
Sei que é assustadora
Na madrugada muda
E na alma nua
Envolve-me.
Silmara Silva
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