Bem - vindos queridos mequetrefes!!!


quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Calçadas



Monstros da avenida principal
Invadem os esgotos públicos
Dos homens da cólera verde lodo
Forte aroma poluir a brisa da calçada imunda

Mergulha na borda tapurus
Que arruína ao sul de nós
A curuba no calo da boca
E o velho do calçamento come suas idéias

Aos cães que passeiam no estômago da crise
Lambe ao velho suas filosofias vivas
A sociedade pesa no bolso
O mundo está dentro da miséria rica

Socorro aos gritos das calçadas lamiadas
Sem infra-estrutura na vida dos incógnitas
Há desconversas nas podres conversas
Salva-te enquanto há tempo homem abastado.

Silmara Silva

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Dantilha


Senhorita Dantilha
Sei que nasceu assinando tua história
Com as pontas da tua essência
E que na vida há de bailar as tristezas!
Onde serás que se escondes?
Talvez entre as orquídeas
Ou entre o veludo das cortinas encarnadas
Te vejo bailar em meio as piruetas
Exalando o perfume dos clássicos
Doce gosto do sabor de menina á sonhar
Que as dores prazerosas do ofício
Seja no amanhecer a recompensa do dia
Não fraqueje no primeiro tombo
Baile compulsivamente para ele
E sorria da realidade amarga
Porém essa realidade de faz bailar no chão com firmeza
Não tenha receio!
Não tenha medo da estrada Dantilha!
Baila com as sombras
Baila comigo
Baila com a morte
Baila com você
Baila Dantilha o vapor da madrugada muda.
Dantilha só te faço um pedido:
Nunca deixe a sapatilha morrer
Deixe á sempre viva
Pois teu coração Dantilha
É a sapatilha viva que encherá por anos
Nossos olhos com lágrimas de amor
De te ver bailar nos palcos da eternidade.


Silmara Silva
(Inspirada na bailarina:Dandara Almeida).

terça-feira, 21 de outubro de 2008


Jamais permiti que meu corpo ficasse gélido...ele apenas tomou forma de pó...Ficando pálido e inerte minha corrente sanguínea...Branco meus tecidos adiposo...Rir já não enxergo o ar da procriação!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Lamentação




Numa noite duvidosa
Num olhar triste
Uma voz piedosa
Foi o fim

Os gritos sufocantes
O desespero dominante
A mente já não responde
A vida que pede uma chance

Choro todo meu pranto
Sem entender o quanto
Não mais do existir

Por fim
Lamento profundamente
Essa vida que teve fim.

Silmara Silva

Indiferença


Meu coração
Jorra o sangue
Preso da indiferença

Meus olhos
Descem lágrimas
Do engano

Meus ouvidos
Escutam o inevitável

Minha boca
Engole palavra
Assassinas

Sofro
Como sofre
A ferida recente

Pois
Estou morta
Para o amor
Sepultada
Para paixão

Estou entregue
Somente
Ao amor
Dos vermes
Ao amor
Da solidão
Da ingratidão

Vivo
Agora
Num malogro
De uma esperança.

Silmara Silva