Bem - vindos queridos mequetrefes!!!


quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Memórias Diárias

" As janelas do Getúlio Vargas dormem o sono dos enterrados, nada se escuta, nada se vê, não há gosto, não há contato, não há respiração, nossa que cansaço! É entrar e sumir pelas paredes úmidas, os corredores frios sofrendo o cheiro da dor alojada. Conforta-me receber ALTA! Porém quando não há, o caminho já se sabe ... sábado de muito sol, dou de cara com a esquina e fico a sentir o Getúlio Vargas ".

Silmara Silva

domingo, 23 de novembro de 2008

Memórias Diárias

Alguns minutos da manhã de sábado em meio a soluços e olhares intencionais, passei por uma regressão quase que irreversível, em que olhei para dentro de mim mesma e, vi uma criatura que tem muito para aprender, surpreender, errar e acertar no momento oportuno as possibilidades das situações propícias ao meu alcance da hora que penso está em mim. Voltei a uma idade fugida aos tempos atuais, merecera toda complexidade meu crescimento íntimo, buscava algo que não existia dentro dos padrões de minha ideologia, era tomada de ilusões errantes, alimentei mal o corpo e o espirito e agora nessa tentativa de entender o nada que se passou fico a procurar o ar, ar, ar sem ar. As minhas lágrimas descem sem nenhum afeto e vejo como fui idiota e ingênua dentro de um tempo cheio de questionamentos existenciais, problemáticos e encestuosos, nojento e fatal. Houve sequências dolorosas na transição de pensamentos entre a adolescência e a fase adulta, sendo que essa segunda ainda estou a conflituar, porém acho que nem exista, a primeira te remete há alterações psíquicas, físicas e sociais e a uma carga de interrogações muitas vezes reles. Foi tomada dessas alterações que busquei o óbvio e encontrei minha pré-destruição, passei um tempo não existindo, era apenas vultos que me levavam a uma exclusão de uma classe alienada, individualista, mesmo oculta e tomada de uma extensa ignorância não me deixei corromper diretamente, mais indiretamente sofri o peso de fazer parte da órgia social! Puta história! Como a pobreza espiritual solitária é podre quase um cadáver. Queria absorver com mais maestria os sussurros dos outros que gritam do outro lado da rua ou mesmo do lado esquerdo da minha casa ,mas não há tempo sou meu próprio peso em medidas incertas, juro que não quero que ninguém ouça meus desesperos, sou apenas o externo para aqueles que me vêem, dentro de casa a vida é outra, a jornada é feroz, a brincadeira é sem graça, os transtornos são inacreditáveis, converso se somente com os livros. Dançar conforme a música é hipocrisia; é regressão solúvel; queria ver suas reações diante do exílio orgânico em que vivo, não desejo isso! Descrever o penso que pensava em está pensando em pensamento quase infartou meu cerébro em uma manhã. Agora na atualidade, se é que existe, pois não difere quase nada de alguns minutos atrás, ou melhor alguns anos, meses, dias... Estou no trabalho, estou tentando trabalhar, não dizem por ai trabalho dignifica o homem? AMÉM! Que irônico, que surreal, que bebida ruim, sobrevivência? E ainda tem acomodados que se acostumam com a vida do sim;sim senhor; claro chefe; tem toda razão; sinceramente prefiro o café e o pão mantegado de todos os dias, pelo menos posso comer o pão sem manteiga e não ingerir gorduras que possa vir a me fazer mal. BASTA! PROLIFERA! PROGRIDE! NÃO PRECISA SE SALVAR! TENTA SÓ SE SOBRESSAIR DAS DIVERGÊNCIAS DAS HORAS AFLITAS! Que droga as 10:45 da manhã, o vibra do meu celular espanta-me os nervos, era meu amigo, irmão, paixão, estamos distantes um do outro a tempos, que dor, que vontade de morrer agora, fiquei sabendo alguns dias atrás que ele estava doente, liguei mais não tive retorno, quando ouvi sua voz de súbito, o calafrio me anestesiou e de ímpeto congelou minha alma, estou muito doente minha amiga! algo atingiu o cérebro do meu querido, a peste mundana chega sem avisar, HOSPITAL DE DOENÇAS INFECTO CONTAGIOSAS - HDIC, MEU DEUS! Vou ter que pausar por aqui esses escritos, sem condições para o momento, fui nocauteada pelas costas, ânsias a me sufocar! Vou apartir de agora morrer um pouco dentro de mim e enfrentar mais uma carrada de sõfregos [...]

Silmara Silva

domingo, 16 de novembro de 2008

A carta (Eu... Talvez...Fim).




Eu preciso despedir-me do vento do agora, das flores do amanhã que já não acorda. Eu tenho que agradecer o chão que eu caminhei nesses poucos anos de vida.Eu preciso sentir o abraço de meus amados amigos antes de desaparecer no infinito do último suspiro.Eu quero dizer a todos os meus versos escritos que no bosque da luz sentirei saudade das inspirações.Eu não posso esquecer dos meus personagens que mexeram como vulcão meu estômago cênico.Eu nunca esquecerei da mamãe...Meu anjo,minha vida,minha mestra,meu amor das noites mal dormidas que passava a me vigiar,meu tudo,minha amiga...TE AMO MAMÃE!Eu mesmo ou sempre distante a vida toda dele: Meu Pai!As raras vezes que ouvi sua voz senti o prazer de pronunciar com a alma: Como vai meu Pai?Eu agradeço de joelhos pensante todos os meus livros, meus companheiros, amantes, perfeitos. Eu declaro a meu único irmão toda minha admiração e amor,e sei do seu amor muitas vezes oculto que sempre teve por mim.Eu só pergunto para minha encarnação passada até com ironia,porém com respeito:Porque eu?Eu aqui entregue aos meus risos, as minhas loucuras frias, as palhaçadas ingênuas dos dias que eu já previa... Eu não poderia esquecer e desde o início eu lembrava compulsivamente da minha vovó,do café com leite que servia nas manhãs,então que já não mais que longe,vou sentir sua presença insubstituível,te abraçarei no bosque.Eu peço desculpas agora,mais já tenho dificuldades em segurar minha pena,com a qual escrevo meus escritos póstumos.Eu pergunto se você que me lê agora,não está sentindo a brasa que evapora dos meus ossos poéticos queimarem com leve ardor as pupilas de seus olhos?Eu peço perdão a Deus por todos os profanos pecados, os sentimentos ruins, a falta de fé... Obrigada pelos dons em mim impregnados de luz.Eu falo sussurrando em meus tímpanos que fui um terço de tudo na vida,e agora nesse momento as palavras saem com dor,calafrios,lágrimas que estalam de fraqueza.Meus ossos estão falando para eu parar,a mente deles não reagem e o estômago está quebrado,a rótula resfriou e a secreção do talvez ou quase do fim encosta com violência.Eu fui a mentira inventada,a doença alojada,um ser conturbado,o fantasma das criações,fui o amor de amores afetados,fui a criança adulta,fui talvez eu feliz?E exatamente agora não posso ser mais nenhum fragmento solto no ar (Eu... Talvez... Fim de mim).

Silmara Silva