Bem - vindos queridos mequetrefes!!!
sábado, 30 de agosto de 2008
Inquietas Flores
É expelido pela boca
O grito sujo das negras flores
De espinhos pérfidos
De perfumes que causam
Um arrebatamento íntimo
E expurga os males que passam
Para dentro de meu corpo
Despida de folhas que fazem milagres...
Coberta de uma luz muito pigmentada
Que chora lágrimas anti – serenas
Não engane meu fado
Suas flores carniceiras
Oh! Por que são assim... Inquietas flores maquiavélicas
Não consigo ver-te fazer o bem
Tenho todos os malefícios grudados em mim
Estou brotando enfermidades
Produzidas por suas mentes florais
Inquietações mentais...
Inquietações de minhas mãos...
Cabelos...
Poros...
Olhos...
Unhas...
Hálito...
Suor...
Quero pra sempre sentir essas inquietações mortais.
Silmara Silva
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Alterações Somáticas
As palavras não vem
estão presas no estômago e cérebro
estão presas no meu sistema nervoso
estou quase infartando
ódio de mim
das atitudes
da hipocrisia
de você
quem sou?
Por favor, alguém ajuda - me!
As lágrimas arranham minha face
já não suporto as lesões
meus amores são sombras
os amigos vapores desgastados
e. eu uma sobra que escorre no ralo
não tenho identidade!
Não tenho sexo!
Não gosto do mundo!
A ansiedade essa próstata
que me incita proferir
meu declínio imbecil.
prometo - te que não escrevo
uma só letra
corto os pulsos como garantia
dessa abstinência metalingüística
alterações do hoje!
Alterações dos segundos!
A ânsia existente como sedativo
leio uma manchete de jornal:
morre uma jovem vítima de alterações somáticas!
Silmara Silva
Necrópole
Recinto do corpo frio
Descanso da carne
Ebulição das vísceras
Enterro da matéria inválida
Endereço do sempre
Terra da maldição
Concentrações de bactérias
Alimento dos vermes
Reuniões de cadáveres
Sepulcros dos sem moradia
Entrada sem saída
Trono dos esquecidos
Apenas idiotas tem horror
Sete palmos de terra
Hoje
Amanhã
Não sei
Só sei que para lá irei...
Silmara Silva
Resta-me Poesia!
Tem me alimentado os últimos dias
Poesia... Poesia... Poesia
Uma poesia de cores e aromas
Uma poesia que frustra
Os fantasmas de meus conflitos
Por que me faz tão mal
P.O.E.S.I. A ?
Como doem minhas vísceras
Como sangra minh’alma
Imploro doidivana esse extermínio
Restou-me essa incansável
Poesia
De todos os segundos
De toda uma vida
O mundo só é mundo
Devido à poesia
Que ainda nos salva.
Silmara Silva
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Nú ápice da loucura
Ontem meus passos denunciavam minha angústia
Pois os olhos que me olhavam
Comiam minhas forças
Bebiam minhas lágrimas
E vomitavam meu desespero
As mentiras mastigadas
Pulsante o seio
Transformam-se em verdades
Cuspidas em minha cara
Com que hipocrisia defendo-me?
Se o cego engole calado
A repugnância do individuo sujo
Veemente...
Veemente...
Veemente subordinado!
Em minha decomposição
Encontro-me agora!
Nu ápice de minha loucura.
Pois os olhos que me olhavam
Comiam minhas forças
Bebiam minhas lágrimas
E vomitavam meu desespero
As mentiras mastigadas
Pulsante o seio
Transformam-se em verdades
Cuspidas em minha cara
Com que hipocrisia defendo-me?
Se o cego engole calado
A repugnância do individuo sujo
Veemente...
Veemente...
Veemente subordinado!
Em minha decomposição
Encontro-me agora!
Nu ápice de minha loucura.
Silmara Silva
Dores Individuais
Você que me vê e não me enxerga com os olhos
E rompe a sétima dimensão
De minhas dores alucinógenas
O círculo vicioso se fecha
Implode meus órgãos sentimentais
Sou um ermo sofrível
Em uma zona incurável
E não me deixo transluzir
Sou errante veraz
E tenho impregnado no sangue
A decadência individual
Encarcerado imutável
Em um instante – único
Onde não tenho forças
O amor é essa substância – mortal
Putrefou minh’alma
E reluto cantando a melodia
As dores individuais que possuo
Não é de nenhum ser
São consumidas pelo meu eu
E são somente minhas.
E rompe a sétima dimensão
De minhas dores alucinógenas
O círculo vicioso se fecha
Implode meus órgãos sentimentais
Sou um ermo sofrível
Em uma zona incurável
E não me deixo transluzir
Sou errante veraz
E tenho impregnado no sangue
A decadência individual
Encarcerado imutável
Em um instante – único
Onde não tenho forças
O amor é essa substância – mortal
Putrefou minh’alma
E reluto cantando a melodia
As dores individuais que possuo
Não é de nenhum ser
São consumidas pelo meu eu
E são somente minhas.
Silmara Silva
domingo, 24 de agosto de 2008
Poemacrítico
É na surdina
Que palavras imundas são ditas
ABAIXO AOS ENCOVADOS!
Que se dizem “sociedade”
Estou cheia do insulto
Precoce dos políticos raquíticos
Ridículos na bruta consciência
Estou farta do preconceito
Exarcebado que prolifera
No âmago do povo
Quero antes o pensamento dos loucos
Quero antes a poética desconhecida dos alcoólatras
Que antes a humildade dos pobres felizes
Não quero saber dessa sociedade
Que vive presa em grades
Produzidas por elas mesmas.
Silmara silva
sábado, 23 de agosto de 2008
Algo...04/janeiro...
Os anti - depressivos
Já não tem efeito
Nesse organismo vazio
Meu cérebro pode explodir
Dentro de alguns instantes
Perdi todos os controles
O desequíilibrio agora pertence a mim
Fico involuntária as idéias
As lágrimas expelidas
Já não dizem nada
Algo alugou minh'alma
Depois de um olhar encarado
No quarto em penumbra
A voz disse:fica criança!
Quem sou eu agora?
Décimo quinto andar
Altos palavrões dedilhados
A fumaça do cigarro
Agita - me os nervos e pulmões
Vou até a varanda respirar
Chego na minha morada
Os nervos mais conversantes
Mais não durmo!
O tempo é inimigo constante
Durmo...talvez acordo...
E,algo que rir
Toma o meu eu para si
Algo depois do dia 04 de janeiro...
Está morando em mim.
Silmara Silva
Já não tem efeito
Nesse organismo vazio
Meu cérebro pode explodir
Dentro de alguns instantes
Perdi todos os controles
O desequíilibrio agora pertence a mim
Fico involuntária as idéias
As lágrimas expelidas
Já não dizem nada
Algo alugou minh'alma
Depois de um olhar encarado
No quarto em penumbra
A voz disse:fica criança!
Quem sou eu agora?
Décimo quinto andar
Altos palavrões dedilhados
A fumaça do cigarro
Agita - me os nervos e pulmões
Vou até a varanda respirar
Chego na minha morada
Os nervos mais conversantes
Mais não durmo!
O tempo é inimigo constante
Durmo...talvez acordo...
E,algo que rir
Toma o meu eu para si
Algo depois do dia 04 de janeiro...
Está morando em mim.
Silmara Silva
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
Se eu morrer você vai chorar?
Tenho quase certeza que sim
É engraçado mais penso:
Quero viver mesmo depois da morte
Para assim estar do seu lado
Vai ser um pouco diferente
Mas... Estarei com você
Como sementes que não morrem nunca
Não chore!
Porque vai me magoar
Lembre-se dos momentos azuis
Não entendo porque as pessoas choram...
Se ao morrer celebramos o entardecer
Se ao morrer conhecemos a verdadeira felicidade
A dor é suavizada
É quase certo que só vai lembrar
De minhas doces e incríveis loucuras
Das coisas endiabradas que fiz
Sofri por ter tido idéias encandescentes
Fui diferente de tudo e de todos
Mal compreendida
Briguei para que todos vissem o crepúsculo
Errei muito e acertei pouco
Porém consegui viver até hoje
Até hoje mesmo!Porque amanhã, amanhã não sei...
Minha vida compara a um oceano
Lindo, imenso, rodeado de mistérios assombrosos
E intrigantes
Não tem fim o oceano... Por isso se eu morrer...
Não chore!
Pois posso ser sua respiração
Os batimentos de seu coração
Um piscar de olhos
O vento leve que bate na cortina de sua janela
Não chore!
Não chore nunca...
Pois a morte não é o fim
É o recomeço de uma vida eterna.
Silmara Silva
Rua
O vento frio bate forte
No meu rosto
Anunciando algo
E me encontro sozinha
Na rua
A rua dorme
E apenas meus passos
Caminham sobre ela
Agonizando-a
Sinto medo e angústia
Por um instante penso
Estou sendo observada por ela
A rua que talvez não sei
Finge que dorme
E como um tormento
Ouço de fundo
Uma melodia fúnebre
Em noite melancólica
Rua de mistérios
Segredos escabrosos
Rua que tudo vê
E que nada fala
Rua...
Sei que é assustadora
Na madrugada muda
E na alma nua
Envolve-me.
Silmara Silva
Versos
Versos vazios
Amarga noite
Insólita
Versos da euforia
Enganchado
Na pele do dia
O mundo é feito de versos
Jogado no asfalto
Versos descalços
Versos visitantes
Quebrados
Versos malditos
Desdobráveis
Versos pelejantes
Desarmados
Cacos de versos
Isento da gramática
Versos transcritos
Versos do meu
Eu
Versos cansados
Que caminham a pé.
Silmara Silva
Enganchado
Na pele do dia
O mundo é feito de versos
Jogado no asfalto
Versos descalços
Versos visitantes
Quebrados
Versos malditos
Desdobráveis
Versos pelejantes
Desarmados
Cacos de versos
Isento da gramática
Versos transcritos
Versos do meu
Eu
Versos cansados
Que caminham a pé.
Silmara Silva
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Janela...O corpo...
Eu vi pela janela
o corpo que passava pálido
na companhia de outros corpos
que diziam estar vivos
mais não estavam!
Já permanecia mortos
o arrepio da pele
me prendia no quarto
sozinha avistava o óbvio
o cheiro das rosas violetas
devorava - me as narinas
que cenas presenciei
naquela manhã morta
o corpo passava lento
o porvir já morto
as deformidades humanas expostas
somos corpos vivos
vivendo numa cápsula morta
vi tudo da janela
a dor do lamento
o amor sem alento
vi toda uma história... De alegrias... dores...promiscuidade...beleza...álcool...
passarem pela janela
mas já se passava sem vida
um futuro de mentiras
não posso mais presenciar
tenho no presente a verdade do porvir
não me deixo enganar
tenho todos os corpos na mente
que passaram na minha janela
tenho tudo que passou guardado em minhas mãos
tenho minha vida
que vejo passar pela janela
com medo de não mais existir.
Silmara Silva
o corpo que passava pálido
na companhia de outros corpos
que diziam estar vivos
mais não estavam!
Já permanecia mortos
o arrepio da pele
me prendia no quarto
sozinha avistava o óbvio
o cheiro das rosas violetas
devorava - me as narinas
que cenas presenciei
naquela manhã morta
o corpo passava lento
o porvir já morto
as deformidades humanas expostas
somos corpos vivos
vivendo numa cápsula morta
vi tudo da janela
a dor do lamento
o amor sem alento
vi toda uma história... De alegrias... dores...promiscuidade...beleza...álcool...
passarem pela janela
mas já se passava sem vida
um futuro de mentiras
não posso mais presenciar
tenho no presente a verdade do porvir
não me deixo enganar
tenho todos os corpos na mente
que passaram na minha janela
tenho tudo que passou guardado em minhas mãos
tenho minha vida
que vejo passar pela janela
com medo de não mais existir.
Silmara Silva
domingo, 17 de agosto de 2008
O eu em Conflito
Todas as mentiras internas
São deletadas através de minhas
Lágrimas que pisam em meu rosto
Lavando a irônica face
Inexplico e complico as contradições
E, meu corpo reage à clausura.
Consigo então entranhar
As deformidades ruins da mente
Degradável consciência
Que rouba a essência da inconsciência
Do momento que penso
Estar fazendo certo
Todos os espelhos já não me olham
E, se não tento reação.
Vejo-me transfigurada
Em um verme
Comendo a mim mesma
Em um conflito único
E só meu...
Silmara silva
Visita
"Eu estava no prazer do meu ofício quando as dores me visitaram,sem controle da minha boca que expelia no pavor da ânsia frases errantes.Fui pega no febril vento da noite que ameaçava minhas enfermidades.Portanto não mais que o instante do sempre!Dormirei com medo de não mais acordar com o amanhã". Silmara Silva
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