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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Augusto

Comi a lavagem que o diabo vomitou
Amarguei a bebida ontem no beco
As negras fumando vapor de chão
Pisei feio no dia de ontem
Acabou que nem consumi
Os trechos de augusto
Queimou lá versos pro povo
E eu perdida na sarjeta das falas
As línguas dentro das línguas
Pontuando as minhas reticências
Ah!Augusto salva este povo
Da ignorância alheia
E eu dando uma de mundana
Colhi foi cuspe de bocas desaforadas
Que no auge das interrogações
Lambiam minhas idéias
E recolhiam minhas vergonhas
Dentro do meu vocabulário fajuto
Augusto arregaçou um parágrafo
E disse: tu surges em meio às prostitutas
Em meio aos bêbados,
Em meio às negras de dentes largos
No intro dos intelectuais
Mostra teu mundo pro povo
Mostra tua carne de rua
Não te mostra minúscula
Abre teus desabafos
Entranha no meio das coisas
Ah!Augusto me ama!
Mas tenho o saber das damas
De sapatos vermelhos em cetim
Bebo puta vil
O cálice da mediocridade
Augusto deixa comer
O desmundo profundo
A mariposa chegou
Veja só o meu mundo.

Silmara Silva