Bem - vindos queridos mequetrefes!!!


sábado, 9 de julho de 2011

Tempo


E se nasci na época errada meus antepassados que me perdoem não
Mas grandes revoluções internas se criaram nas linhas do tempo aqui
E nas grandes navegações de minhas aventuras eu tenho dito lutei ali
Amordacei as labaredas de lágrimas que inundaram os oceanos azuis

Sobrevivência em terra de mentes fechadas a glória é para poucos sei
E as vielas de conversas abafadas transitam em meio às saias largas ai
Entorpecer no porão a bebida quente da modernidade do homem viril
Bebem grosseiramente as palavras de alguém que não se mostra vivo

De repente o silêncio daquela noite sorriu para as estrelas nostálgicas
Todos os corpos sujos audaciosos se fizeram de mercador tempestivos
A vida ali é apenas farol que guia os tripulantes desse navio de sonhos
Não se nasci mil vezes se nasci para o nada e para a existência de ser

Houve se um sonoro apito ao longe do corpo do mar dançando assim
As sinaleiras nos avisam que à hora do retorno é chegado em terra não
Há uma divisão entre o crepúsculo e o amanhecer nasceu sem tempo fui
Libertem-se todos os viventes de todos os tempos recuados da história.

Silmara silva

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Desconfigurado


Apagaram as linhas do meu erro destino
Deformaram minha dor em sofrimentos
E o que me dói é saber o que eu já sabia
Eu já estava envolvida no meio das curvas

Caos que comem a solidão adormecida
Bocas que dizem tudo que não pensam
Destroem a essência da pura inocência
Corta a fragilidade da força que não há

Os olhos que intimidam são os mesmos
Chorar para rir e não para se libertar sim
É tão raso meu vaso do lado do peito é
E tudo já é poeira diante dos meus pés

Petrificou a saliva da secura da palavra
E os versos que conduzem minha vida
Apagaram se no ar impuro das virgens
A vida cega que não ver o vão do finito.

Silmara Silva