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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Clausura

O sol que sai todos os dias de dentro de mim
É o que ainda me salva dos tormentos ingeridos
Mais confesso que os olhos cegos me avassalam
Há uma retração de pele onde o prazer se rasga

Ando sem chão no céu das minhas pelejas diárias
Encontro mil bocas e vultos de uma noite fumante
E como dói beber ao longe o cheiro forte de gente
Disponho-me a comer os gemidos dos derrotados

Na liberdade de está presa por desencontros meus
Quem passa por mim não ver o ser que não existe
O que está vivo no mormaço de um corpo voando?
Uma inquisição dominante de idéias desabotoadas

Irei correr e sair desse mundo nu na devastação
Somente minhas carnes frias sentirão a substância
E ao mestre maior que abra as portas da clausura
Não regressarei aos maus vividos anos retrógados.

Silmara Silva