O sol que sai todos os dias de dentro de mim
É o que ainda me salva dos tormentos ingeridos
Mais confesso que os olhos cegos me avassalam
Há uma retração de pele onde o prazer se rasga
Ando sem chão no céu das minhas pelejas diárias
Encontro mil bocas e vultos de uma noite fumante
E como dói beber ao longe o cheiro forte de gente
Disponho-me a comer os gemidos dos derrotados
Na liberdade de está presa por desencontros meus
Quem passa por mim não ver o ser que não existe
O que está vivo no mormaço de um corpo voando?
Uma inquisição dominante de idéias desabotoadas
Irei correr e sair desse mundo nu na devastação
Somente minhas carnes frias sentirão a substância
E ao mestre maior que abra as portas da clausura
Não regressarei aos maus vividos anos retrógados.
Silmara Silva
3 comentários:
Gostei....poeta!!!
Lindo! Fascinate! Impecável, como sempre! Palmas!!!!
...onírico...
Abraços e bom feriado!
felisjunior.blogspot.com/
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