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domingo, 21 de agosto de 2011

O Artista na Dor


Um brinde aos goles rasgados que respiram o vapor da minha encenação. Alguém me escuta?Alguém me interpreta?Sabe quem eu sou?Sinto ao longe minha respiração. Bom!Quero embriagar-me nessa desventura de ser eu mesma, desnuda-me!Enxugarei o meu lúdico no guardanapo que tudo escuta e que nada sabe. Danço os passos de uma guerra derramando o suor do meu ensaio e do prazer. Olhem todos para cá, vejam!Este é o meu, o seu, o nosso, exponho a todos: Aqui lhes entrego o sangue avermelhado do artista que só chora de tanto rir da desgraça do pão seco de todos os dias. Será preciso corromper-me?O ciclo está se fechando, baila o ator, atua a dançarina, canta o artista plástico. E geme de dor o artista de rua, da lua, do palco, dos becos, de dentro de suas casas, do céu e do mar. Não venho aqui pedir piedade, venho aqui pedir que nos olhem com fé, que nos beije sem traição, que nos abrace com força, que nos aplaudem com sinceridade, que nos paguem se tiverem consciência. Que nossa arte faça parte da cesta básica e vos alimente a alma e nos livre da assombração do nada.
Silmara Silva

4 comentários:

Francisco Gomes disse...

Decifro-te... ou devora-me! Teus versos/reversos/inversos internalizaram em mim...

Talita Aralpe... disse...

que fome,que sede,que calaro de arte meu Deus!Nos ouça!!

Karol Senna Atriz disse...

Veja como ficou este presente lá no meu blog.
Quando eu tiver tempo e inspiração vou interpretá-lo em retribuição.

Obrigada,viu.

Unknown disse...

Sil, lindo! muita verdade, muitas ilusões, o melhor é ver depositado um desabafo profundo e real de quem luta diariamente pra matar o velho leão e trazer o alimento da alma artística piauiense/brasileira. forte e lindo. bjus