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sábado, 28 de março de 2009

Pústula

Não! Eu não penso que estou só no mundo, o mundo é que está só em mim, por eu ser um fruto estragado do meio podre. Verdade, verdade não poderei gerar frutos do meu ser, não poderei manter um resquício de contato com outras carnes. Há uma desconstrução na minha personalidade crua, é preciso que aniquilem absolutamente tudo dentro dos quatro estágios de minha lucidez ... Já não era tempo de toda essa manipulação filosófica que fecunda no óvulo do meu surgimento vir a nocaute! O mundo que assim me fez como sua fiel cria, não me humaniza, não alimenta meus calafrios, não permite o amor em mim, não me deixa morrer ... " Todos os meus amores eu matei nos versos que vomitei ". Se tu queres saber, eu nem sei se digo o que eu acho que penso que, não poderei matar a fome do vácuo que está entre as vielas das curvas de tuas pernas. Volta e refaz a necessidade do teu nada [...], há um cruzamento e uma parada que te observa! Deixa por gentileza eu matar minha existência para a vossa senhoria? Há décadas não preciso das suas gentilezas para devorar as aflições que me puseste, já caminho com as próprias dores, de certa forma tu me ensinaste muito! O que me deixa sarcástica de alegria é saber que lateja bem no oco do teu cérebro as dores que deverás sente ... e assim as noites envelhecem mais cedo dentro do teu íntimo putrefado. Minha única lamentação é que nunca mais poderei dormir o sono dos vivos!

Silmara Silva

Um comentário:

Unknown disse...

http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=157056
dica de poesia!
bom blogue!