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segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Janela...O corpo...

Eu vi pela janela
o corpo que passava pálido
na companhia de outros corpos
que diziam estar vivos
mais não estavam!
Já permanecia mortos
o arrepio da pele
me prendia no quarto
sozinha avistava o óbvio
o cheiro das rosas violetas
devorava - me as narinas
que cenas presenciei
naquela manhã morta
o corpo passava lento
o porvir já morto
as deformidades humanas expostas
somos corpos vivos
vivendo numa cápsula morta
vi tudo da janela
a dor do lamento
o amor sem alento
vi toda uma história... De alegrias... dores...promiscuidade...beleza...álcool...
passarem pela janela
mas já se passava sem vida
um futuro de mentiras
não posso mais presenciar
tenho no presente a verdade do porvir
não me deixo enganar
tenho todos os corpos na mente
que passaram na minha janela
tenho tudo que passou guardado em minhas mãos
tenho minha vida
que vejo passar pela janela
com medo de não mais existir.


Silmara Silva

2 comentários:

José Luis de Barros disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
José Luis de Barros disse...

Vejo em vc algo que assemelha-se muito a mim... ultiliza a poesia pra desabafar, pra se confessar.. Talvez isso seja a parte racional da nossa irracionalidade poetica... rsrs. Pq se fossemos expressar em ações e gestos todo o nosso descontentamento com mundo.. acabarimos sendo taxados de loucos au cubo... afinal ja somos taxados de loucos.. rsrsr

mas pode ter certeza.. vc nunca estara sozinha.. estarei aqui pra ler, ajudar e compartilhar dos anseios e dores... bjo na alma minha linda poeta

'Zé Luis"